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Conto: O que acontece no Uber


Meu trabalho é um tanto atribulado, sou assessor de uma empresa de vendas. Por isso vivo viajando o tempo todo para todos os cantos do pais, promovendo a marca, conhecendo lugares novos e pessoas também. Gosto do que faço e por isso me entrego totalmente ao trabalho. Isso me toma a maior parte do tempo. Enquanto os caras da minha idade estão por aí farreando, namorando ou “pegando todas”, como eles dizem, eu por outro lado, aos 25 anos, estou focado em construir uma carreira sólida que me garanta uma certa estabilidade no futuro. Mas isso não significa que eu não vá à caça de vez em quando. Não me leve a mal, mas assim como todo mundo, eu tenho meus desejos e não há mal nenhum em saciá-los, não é mesmo?

Assim como todo mundo, vou a bares, restaurantes, e festas ocasionais. Bebo, como, me divirto e deixo as coisas acontecerem a troca de olhares, a química, o jogo da conquista, beijos, carícias e tudo mais que possa acontecer nesses encontros casuais.

Um encontro em especial, me marcou profundamente.

Aconteceu as vésperas do meu aniversário. Alguns amigos mais chegados me propuseram uma noite de bebedeira na casa de um deles, apenas pelo fato de estarmos juntos. O plano era encher a cara e papear até não aguentar mais, no fim dormiríamos por la mesmo e daríamos continuidade as nossas vidas no dia seguinte. Algo bem simples e objetivo.

Tomei um banho demorado e fiz a barba deixando apenas um cavanhaque ralo no queixo, o que atrai os olhares para meus lábioscarnudos. Penteei o cabelo usando um gel especial para acentuar meus pequenos cachos rebeldes. Escolhi minhas melhores roupas, preparei as provisões de sempre na carteira: dinheiro, cartão de crédito, fio dental e preservativo – mesmo que não vá usar nada, sempre monto um “kit básico” para passar a noite fora

Tudo pronto, entrei no aplicativo, coloquei meu endereço e o endereço para o qual queria me deslocar e solicitei o UBER. Fiquei esperando Não demorou muito para que meu celular vibrasse com a mensagem do motorista:

“já cheguei!

“Estou indo. ” — Digitei as pressas em resposta.

Dei uma última olhada em tudo, peguei minha chave e saí. Ao vislumbrar a rua, dei de cara com um Palio azul. Dentro dele, um homem com mais ou menos a mesma idade que eu, acenou para mim num sorriso simpático. Andei até ele, abri a porta do carro e me sentei no bando do carona.

— Boa noite! — ele disse numa voz meio rouca enquanto me olhava.

— Boa noite! — devolvi tentando ser o mais natural possível.

— Hércules?

— Sim, sou eu.

— Praça João de Barros, é isso? — perguntou ele,

— Isso mesmo. — retruquei olhando em seus olhos.

Ele tinha um rosto bem desenhado, arredondado e de traços bonitos: barba cheia, bem cuidada, um sorriso lindo e encantador. Um “pedaço de mal caminho”, como diria minha avó.

“Ah, um desses na minha cama! ” — eu me peguei pensando.

Senti minhas bochechas corarem ao me pegar olhando para ele com malícia. Seus braços eram torneados e cheios de pelos, os músculos ficavam evidentes na camiseta colada e o odor amadeirado dele deixava ainda mais acesa a minha libido.

— Aceita uma bala? — ele perguntou me estendendo um Halls preto.

— Ah sim, obrigado. — respondi tirando a embalagem de sua mão.

Minhas mãos estavam meio trêmulas. Ele me olhou de um jeito estranho antes de pegar de volta a embalagem da minha mão. Era um olhar malicioso, agora cheio de segundas intenções.

Sorriu para mim. Será que tinha percebido algo?

— Está confortável? — disse ele me encarando. — A temperatura está boa?

— Sim! – respondi de uma vez, temendo uma represália.

Ele colocou a embalagem de Halls em sua perna antes de ligar o carro e seguirmos viagem. Será que eu estava ficando louco? Aquilo estava realmente acontecendo ou era algum tipo de alucinação da minha cabeça?

— Posso saber qual a ocasião? — ele perguntou tentando ser despretensioso.

— Meu aniversário. Vou comemorar com alguns amigos.

— Parabéns! — retrucou ele sorrindo.

— Obrigado.

Ele reduziu um pouco a velocidade e colocou o banco do motorista um pouco para trás. De forma discreta, levou a mão a calça e deu aquela apertada para evidenciar o volume.

Aquele era o sinal!

O motorista olhou maliciosamente para mim e para o volume pulsante entre suas pernas, novamente para mim e mais uma vez para suas pernas. Entendi o que ele queria e, sem demora, atendi seu desejo

Levei minha mão até a parte interna do banco. Toquei o freio de mão e, com os meus olhos nos dele, cheguei até sua cocha. Apertei-a com força e ele sorriu.

— Sobe mais! — ele ordenou com a voz grave.

Obedeci, subindo minha mão ate a região que ele indicara com os olhos. Apertei maliciosamente a região e pude sentir o membro pulsante em minhas mãos.

— É todo seu, se quiser! — ele disse ele

—Claro que quero — respondi

— Sabe o que fazer? –- perguntou levando uma das mãos à minha cabeça e empurrando-a levemente para a sua virilha

— Claro! — respondi desafivelando o cinto de segurança e abrindo o zíper de sua calça. Puxei para fora da cueca vermelha uma das coisas mais lindas que eu já havia visto na vida.

Segurei suavemente a base de seu pênis, puxando delicadamente a pele que o encobria. Ele gemeu abrindo ainda mais as pernas, para que eu pudesse brincar com o que me era oferecido. Massageei vagarosa e delicadamente seu membro, para cima e para baixo, sentindo em minhas mãos as veias pulsantes, fazendo-o crescer pouco a pouco entre meus dedos.

—Brinca com ele vai! — ordenou me olhando com ternura enquanto dirigia — Mas olha só, o que acontece no uber, fica no uber! Entendeu?

— Sim, senhor!

Sem pensar duas vezes desci, até seu sexo, beijando e mordiscando sua barriga enquanto acariciava os pelos macios. Ele levou uma das mãos à minha cabeça e, com um pouco de força, guiou-me para onde queria. Atendendo a seu pedido silencioso, comecei a mordiscar lentamente a base até chegar ao topo, onde o membro latejante explodia em espasmos involuntários. Suguei lentamente cada parte dele, usando os dentes para pressionar o músculo em meus lábios.

— Ai! Cuidado aí! — pediu, dando-me um leve tapa na cabeça quando usei um pouco mais de força do que o necessário.

— Sim, senhor! — respondi obediente.

Enquanto eu o sugava avidamente, ele segurou minha cabeça, forçando-a para baixo até que toda a extensão de seu sexo estivesse em minha garganta, impedindo minha respiração.

Senti as lagrimas descerem pelo meu rosto enquanto meu urso mandão urrava de prazer. Minha boca estava cheia dele. Eu tentava respirar e sugá-lo ao mesmo tempo, mas o rapaz não me dava espaço para isso. Agarrava meus cabelos com força e fazia movimentos de vai e vem com o quadril.

— Isso...! Assim..., assim!

Minha boca salivava com aquela delicia, eu continuava tentando respirar e meu urso não deixava. Até que por fim uma enxurrada de baba saiu de minha boca gulosa.

— Bom menino. Está gostoso, não está?

— Um-hum... – respondi sem tirar meu brinquedo da boca.

A mão dele continuava a guiar meus movimentos para cima e para baixo, cada vez mais rápidos enquanto se contorcia no banco do motorista. Obedeci, cada vez mais rápido, até que os primeiros sinais vieram à minha boca. Gotas do líquido adocicado invadiram o meu paladar, então voltei minha atenção para onde importava naquele momento. Enquanto manipulava sua glande com a língua fixei meus olhos nos dele enquanto o levava a loucura.

— Isso...! Isso...! Assim!

Continuei feito louco, sugando, mordendo, lambendo aquele presente dos deuses. Quanto mais ele gemia, mais eu o queria. Senti duas batidas leves na cabeça, avisando que o êxtase daquele momento viria em seguida. Ignorando seu aviso, eu o mordisquei mais algumas vezes indo da base à ponta em segundos.

— Para... — ele disse já sem forças para se segurar.

Em seguida um urro forte veio, acompanhado de jatos de seu néctar puro, quente e adocicado. Finalmente meu urso tinha gozado, no exato momento em que chegávamos ao meu destino.

— Obrigado pela carona! — falei limpando o canto da boca.

Ele me olhou nos olhos. Acariciou meu rosto e me beijou por um longo tempo, brincando com minha língua ainda com o gosto dele. Ao mesmo tempo, desafivelou meu cinto de segurança e abriu a porta do carona para eu descer.

— Imagina, eu que agradeço! — ele respondeu escrevendo e me entregando seu cartão. – Tenha uma ótima festa e, mais uma vez, parabéns.

— Obrigado! — respondi ao sair.

— E não esquece: o que acontece no Uber... — completou me entregando um cartão de visitas.

— Sim, senhor! — respondi completando a transação pelo celular.

Desci do carro e o vi desaparecer em meio à noite escura, me dando conta da loucura que eu acabara de fazer. O homem que esta noite me tomou para si cheio de prazer poderia muito bem ser um maluco, psicopata, mas isso eu não saberia, não naquela noite. Em minhas mãos seu cartão me dava um recado: “Te levo para casa quando a farra acabar, me liga! ”

Será que eu teria coragem de encontrá-lo novamente?

Sim! Eu curti minha festa, me diverti com meus amigos como planejado. No fim de tudo liguei para ele e voltei para casa. Afinal de contas

“O que acontece no Uber, talvez não fique só no Uber”.

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